A imagem e o imaginário da cidade paradigmática: uma leitura do espaço-tempo no filme Meia Noite em Paris
DOI:
https://doi.org/10.37467/gka-revvisual.v2.650Palabras clave:
cidade, imagem, espaço-tempo, paradigma urbanoResumen
Paris é uma cidade emblemática e paradigmática por ser a mais difundida em imagens. A paisagem, o urbanismo, as formas arquitetônicas serviram de modelo para as cidades em todo mundo, inclusive no Brasil. Falar de imaginário da cidade, em qualquer contexto, implica em recorrer a esse espaço referencial. Trata-se de uma cidade que contém o tempo e um denso legado cultural que produziu igualmente uma rica representação. Woody Allen no filme Meia Noite em Paris captou a essência desse imaginário para o qual, o encontro com a cidade consiste em buscar uma época passada. Os de-graus do tempo emolduram a cidade e conformam sua paisagem, como afirma W. Benjamin (1989) os elementos temporais mais heterogêneos encontram-se lado a lado. Desse modo, o objetivo deste trabalho é, a partir da imagem da cidade apre-sentada no filme Meia Noite em Paris, analisarmos o sentido da temporalidade urbana na sua relação com o imaginário paradigmático da capital francesa, sobretudo, como irradiadora modelos e metáforas. O aporte teórico-metodológico utilizado para essa investigação é a fenomenologia da imaginação de G. Bachelard e a montagem benjaminiana, onde uma flanerie imaginária será empreendida nesta cidade-tempo forjada por W. Allen.
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